Nos fios de uma teia

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Escrito por Anica

A palavra “aranha” deriva de “aracnídeo”, termo que se originou
da personagem da mitologia grega Ariadne. Era uma bela moça com grande
talento para fiar, até que certo dia desafiou Minerva – deusa romana do
artesanato. A deusa perdeu a disputa, mas ficou tão furiosa que
condenou Ariadne a um ser que seria obrigado a tecer pelo resto de seus
dias – assim surgiram as aranhas.
 

 
Na mitologia
Tolkieniana esses seres também aparecem com grande freqüência e
importância. Nos Dias Antigos havia Ungoliant que era Maia, espírito
maligno que era independente, serviu à Morgoth apenas por compartilhar
interesses em comum. Irascível, obrigou o Senhor da Escuridão a lhe
alimentar com as pedras preciosas dos noldor.
 
O
Ocaso de Valinor está ainda recente na memória dos Altos Elfos não
apenas por causa do surgimento repentino de Morgoth e Ungoliant, mas
devido à implacável crueldade com a qual as Belezas das Terras Imortais
foram sugadas por um espírito pestilento repleto do ódio das Trevas
mais profundas. Ganância, independência e irascibilidade – combinação
perigosa para um ser feito de carne.

 

Em
“O Senhor dos Anéis”, “As Duas Torres”, é a vez de Laracna (Shelob)
aparecer em toda a sua velhice e sempre maior crueldade e malícia. Como
o professor Tolkien conta, nem mesmo o Um Anel ou o poderio de
Barad-dûr interessavam à Laracna. O que ela queria era morte,
destruição e trevas para todos os seres viventes.

 

Este
é um ponto a ser observado no comportamento psicológico da aranha. A
ambição dela é tão grande que se tornou a sua própria loucura, não é
uma questão de maldade e sim um desvio temperamental tão grande que a
engolfa em todos os seus pensamentos e atitudes. Ela considera a si
própria como um ser tão poderoso que consegue reger os destinos de
todos com a morte que pode lhes infligir – ela é a própria Deusa da
Destruição.

\u003c/div\> \u003cdiv style\u003d\”text-align:justify\”\>\u003cspan\>\u003cspan\> \u003c/span\>Esse comportamento de dois seres aparentados aos aracnídeos remete a uma antiga crença indiana que durou até a total dominação dos ingleses na região. Cria-se na Deusa Kali, ser dominador e poderoso que era adorado por um grupo de seguidores conhecidos como os Seguidores de Kali. Todos vestiam-se com enormes capuzes pretos e acreditavam que a Grande Deusa Kali os havia\n abençoado com dois punhais mágicos que davam o poder da morte e destruição a todos aqueles que os portassem.\u003c/span\>\u003c/div\> \u003cdiv style\u003d\”text-align:justify\”\>\u003cspan\>\u003cspan\> \u003c/span\>As aranhas nem sempre tiveram má reputação. Robert Bruce, rei da Escócia, é famoso por ter sido inspirado por uma em um momento de pouca sorte. Outra aranha teceu sua teia na boca de uma caverna onde o profeta Maomé estava escondido e seus perseguidores passaram sem notá-lo. Supunha-se que tivessem qualidades medicinais: na Inglaterra, os doentes de icterícia já tiveram que comer uma grande aranha presa na manteiga.\u003c/span\>\u003c/div\> \u003cdiv style\u003d\”text-align:justify\”\>\u003cspan\>\u003cspan\> \u003c/span\>Seja antes ou agora, o\n imaginário humano sempre ficou repleto por criações com os aracnídeos. Canções infantis (“A dona Aranha subiu pela parede…”), filmes (“Aracnofobia”) e livros.\u003c/span\>\u003c/div\> \u003cdiv style\u003d\”text-align:justify\”\>\u003cspan\>\u003cspan\> \u003c/span\>A saga “Harry Potter” abrange em dois livros a questão aracnídea – “A câmara secreta” e “O enigma do Príncipe”. [SPOILER] Aragogue é uma gigantesca aranha vinda de um país longínquo que foi criada em uma caixa de sapato pelo meio gigante Rúbeo Hagrid. O ser é confundido com o monstro que\u003cspan\> \u003c/span\>habita a câmara secreta e é banido para a Floresta Proibida. Muitos anos depois, tenta devorar Harry Potter e Rony Weasley – quando estes adentram os seus domínios obscuros. No outro livro citado, Harry vai ao enterro de Aragogue e consegue arrancar uma lembrança de um\n professor durante o acontecimento [FIM DO SPOILER].\u003c/span\>\u003c/div\> \u003cdiv style\u003d\”text-align:justify\”\>”,1]
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Esse
comportamento de dois seres aparentados aos aracnídeos remete a uma
antiga crença indiana que durou até a total dominação dos ingleses na
região. Cria-se na Deusa Kali, ser dominador e poderoso que era adorado
por um grupo de seguidores conhecidos como os Seguidores de Kali. Todos
vestiam-se com enormes capuzes pretos e acreditavam que a Grande Deusa
Kali os havia abençoado com dois punhais mágicos que davam o poder da
morte e destruição a todos aqueles que os portassem.

 

As
aranhas nem sempre tiveram má reputação. Robert Bruce, rei da Escócia,
é famoso por ter sido inspirado por uma em um momento de pouca sorte.
Outra aranha teceu sua teia na boca de uma caverna onde o profeta Maomé
estava escondido e seus perseguidores passaram sem notá-lo. Supunha-se
que tivessem qualidades medicinais: na Inglaterra, os doentes de
icterícia já tiveram que comer uma grande aranha presa na manteiga.

 

Seja
antes ou agora, o imaginário humano sempre ficou repleto por criações
com os aracnídeos. Canções infantis (“A dona Aranha subiu pela
parede…”), filmes (“Aracnofobia”) e livros.

 

A
saga “Harry Potter” abrange em dois livros a questão aracnídea – “A
câmara secreta” e “O enigma do Príncipe”. [SPOILER] Aragogue é uma
gigantesca aranha vinda de um país longínquo que foi criada em uma
caixa de sapato pelo meio gigante Rúbeo Hagrid. O ser é confundido com
o monstro que  habita a câmara secreta e é banido para a
Floresta Proibida. Muitos anos depois, tenta devorar Harry Potter e
Rony Weasley – quando estes adentram os seus domínios obscuros. No
outro livro citado, Harry vai ao enterro de Aragogue e consegue
arrancar uma lembrança de um professor durante o acontecimento [FIM DO
SPOILER].

\u003cspan\> \u003c/span\>Contudo, as aranha criadas por J.K.Rowling são bem menos assustadoras que aquelas criadas por Tolkien. O instito da busca por alimento é extremamente aceitável, pois sua essência não é maligna – pelo menos é o que até agora a saga revelou.\u003c/span\>\u003c/div\> \u003cdiv style\u003d\”text-align:justify\”\>\u003cspan\>\u003cspan\> \u003c/span\>Uma grande dúvida que fica é se a forte colonização inglesa na Índia no século XIX influenciou os escritos do professor Tolkien, tornando suas aranhas tão repugnantes.\u003c/span\>\u003c/div\>”,1]
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D([“mb”,”\u003cspan class\u003dad\>\u003cp\> \n\n\n \u003chr size\u003d\”1\”\> \nFor ideas on reducing your carbon footprint visit \u003ca href\u003d\”http://uk.promotions.yahoo.com/forgood/environment.html\” target\u003d\”_blank\” onclick\u003d\”return top.js.OpenExtLink(window,event,this)\”\>Yahoo! For Good\u003c/a\> this month.\n\u003c/p\>\u003c/span\>”,0]
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Contudo,
as aranha criadas por J.K.Rowling são bem menos assustadoras que
aquelas criadas por Tolkien. O instito da busca por alimento é
extremamente aceitável, pois sua essência não é maligna – pelo menos é
o que até agora a saga revelou.

Uma
grande dúvida que fica é se a forte colonização inglesa na Índia no
século XIX influenciou os escritos do professor Tolkien, tornando suas
aranhas tão repugnantes.
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