Por quê?

Escrito por Fábio Bettega
Hoje é aniversário da Valinor e eu simplesmente tinha que escrever algo sobre isso. Como eu sou VIP (leia-se: não entreguei o depoimento a tempo) fiz meu texto em separado, para a minha coluna sem periodicidade. E aqui está ele, com o singelo título de “Por quê?”.

 
Um pequeno fato casual aconteceu hoje pela manhã: eu pedi algumas
músicas a meu colega de trabalho, um piazão gente boa que além de
trabalhar comigo estuda no CEFET e, por uma dessas coincidências
estranhas do destino, um dos CDs que ele tinha e me ofereceu era o
Nightfall do Blind Guardian, que é todo conceitual e baseado no
Silmarillion. Eu pensei "porque não?" e peguei. Já continuo a história.

Infelizmente eu tenho estado afastado da Valinor, restrito a menos de
10 horas semanais na mesma, por razões profissionais (o projeto do qual
sou Gerente é muito grande e complexo). Não é o primeiro afastamento e
nem o último, alguns deles motivados por desânimo, outros por trabalho,
mas nunca por um período longo (ou seja, mais do que poucas semanas).
Todavia nunca estive acessando a Valinor tão pouco quanto agora.
Perguntas como "pra quê?", "qual a razão de eu continuar ainda gastando
meu tempo – preciosssssso! – com isso?", "até quando?" são comuns e
contantes.


Daí surge isso, um álbum do Blind Guardian baseado nO Silmarillion, que
eu não ouço há anos pois meu gosto musical mudou um tanto… e eu
recordo de tudo. Vem aquela sensação de reconhecimento, um certo
arrepio na espinha não por ser Blind, nem por ser metal mas sim pela
história, por ser Tolkien. E aquelas perguntas ali de cima
automaticamente se respondem.

"Pra quê?"
Pra que mais gente possa ter sempre mais e tudo e qualquer coisa sobre esse mundão de Tolkien
 

"Qual a razão de eu continuar ainda gastando meu tempo – preciosssssso!
– com isso?"
(Tapem os ouvidos). Porque é FODA PRA CARALHO, tanto o
aprender quanto o ensinar e o disponibilizar.
 

"Até quando?"
Até o Fim. Até Morgoth voltar do Vazio. Até as Silmarilli
serem recuperadas. Até Arda ser Recuperada. Aliás, minto, além disso.

E toda vez que eu leio O Hobbit ou assisto a cavalgada dos Rohirrim nO
Retorno do Rei ou recebo um e-mail agradecido de um dos visitantes da
Valinor, as perguntas sempre se respondem. Tem sido uma longa viagem,
com partes ruins também: enjôo, estrada ruim, pedágio alto. Mas no
final das contas, a hell of a trip, guren bêd enni.

No final das contas estamos aqui pelo mesmo motivo que Bilbo, mesmo
acordando tarde encontrou os Anões, pelo mesmo motivo que levou Frodo a
aceitar a imensa carga do Um, pelo mesmo sentimento que carregou
Aragorn à frente do exército do Leste para os Portões de Mordor e
Théoden levou seus Rohirrim àquela cavalgada sem esperança na Batalha
de Pelennor. Por que é bom, é certo e deve ser feito.

E, como diria Tuor, Gurth an Glamhoth! (E agora me dêem licença que eu vou ali organizar o sorteio de aniversário

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