Mauhúr

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Escrito por Anica
Orc de Isengard. Mauhúr pode ter sido um Uruk-hai. Na noite de 28-29 de
fevereiro de 3019, Mauhúr liderou a companhia de reforço através das bordas da
Floresta de Fangorn para irem em socorro de Uglúk.
 

A companhia de Ugluk havia sido cercada por um grupo de rohirrim liderada por Éomer. Quando a companhia de Mauhúr atacou, alguns dos rohirrim cavalgaram para encontrá-los enquanto outros cercaram o acampamento de
Uglúk.

Os prisioneiros de Ugluk, Merry Brandebuque e Pippin Tûk se encontraram
fora do círculo e puderam escapar para Floresta de Fangorn. Mauhúr e sua
companhia foram assassinados ou espantados pelos rohirrim.

 
Fontes: As Duas Torres: “Os Uruk-hai”

Traduzido de: The Thain's Book

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Amigo da Cruz

Orcs: A Raça Maligna
Por Fábio Cristiano Rabelo
Neste artigo desenvolveremos uma análise filosófico-teológica da raça orc. Como base tomaremos um artigo presente na revista O Universo Fantástico de JRR Tolkien número 1 e alguns textos presentes no Senhor dos Anéis e no Silmarillion.
No Silmarillion, o mal é incapaz de criar. Isto estabelece um paralelo com a teologia agostiniana presente nas confissões na qual afirma a inexistência do mal como essência. Conforme Santo Agostinho, sendo o mal apenas ausência do Bem, ele não pode dar origem a nada, resumindo seu poder em esvaziar a criação de seu sentido e orientação original. Na obra tolkieniana, o mal esvazia o sentido da existência élfica por meio de lentas artes da traição, da corrupção e da escravidão.
Podemos considerar os orcs uma alegoria a todos os seres humanos que sofrem humilhações e degradação em nossa sociedade pós-moderna. São aqueles a quem são negados o a dignidade e os direitos mais básicos. Muitas vezes, estas vítimas do desumano sistema social que vigora em nosso mundo se enchem de ódio pela realidade em que vivemos, perdendo a noção da verdadeira vocação humana de participar da divindade amando. Tornam-se criminosos, párias e plebe revolucionária com o anseio de apenas destruir tudo à sua volta.
Como os orcs, esta massa social se caracteriza pela ignorância, pela ambição, pelo orgulho, pelo ódio à natureza e pela incapacidade de amar o belo. No nosso mundo, é grande o orgulho e o desprezo pela sabedoria. As pessoas, muitas vezes, enclausuram-se em seu pequeno mundo pessoal, acreditando serem boas o suficiente, nunca necessitando de se converterem em seres melhores. esta é uma profunda característica dos orcs. Geralmente, vivem para pequenas maldades e prazeres donde tiram o sentido de sua existência. Também existem pessoas assim com ocorrência muito mais comum do que gostaríamos.
Outro traço importante dos orcs é a ambição que podemos perceber no livro o retorno do Rei quando eles se matam pelos objetos que Frodo Bolseiro carregava. São capazes de se matar por objetos que não valem tanto. Quantas vezes, em nossa sociedade, nós mesmos não nos elevamos esmagando nossos semelhantes? Quantas vezes um cargo na empresa ou na Igreja nos leva a lesar o nosso semelhante o qual compete conosco pelo mesmo ou o está ocupando? Quantas vezes, com a desculpa de nossa felicidade ser importante destruímos o nosso próximo? Quantas vezes vivemos em estruturas de ódio no qual somente ansiamos nos destruir mutuamente?
Quando amamos ou odiamos de verdade, nosso amor ou ódio se estende do seu alvo à toda criação. Isto também é característico dos orcs o quais destroem e devastam a natureza com prazer como podemos observar no filme O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. Esta também é uma característica da grande massa social a qual desmata e destrói a natureza sem nenhuma piedade para desfrutar tudo o que lhes é oferecido.
Os orcs também amam as coisas sujas e feias. Não há na obra tolkieniana lugar o qual permanecesse belo sob o domínio dos orcs. Quando eles tomam o poder, destroem toda a beleza do lugar. Cremos isto ser um sintoma também da modernidade. Os miseráveis, muitas vezes, acabam por não amar o belo e considerar o feio como algo digno de sua admiração. Por não terem acesso à dignidade que merecem acabam por odiar aquilo que devia ser objeto de sua admiração por não poderem ter a posse destes bens. Por outro lado, a cultura pós-moderna tem colocado em destaque muitas coisas indignas e vergonhosas as quais acabam sendo objeto de admiração das massas. Nossa sociedade parece ter perdido o gosto pelo belo.
Além de perder o amor ao belo, também parecem nossos hábitos alimentares terem se degradado ao nível da ingestão de venenos e coisas desagradáveis tal como ocorre aos orcs da obra de Tolkien. Um exemplo de alimento degradante se apresenta na obra O Senhor dos Anéis: As Duas Torres quando Merry e Pippin, capturados pelos orcs, são obrigados a ingerir uma de suas bebidas. Por experiência, podemos afirmar que os alimentos saudáveis não se misturam com a dieta das cidades grandes. Aqueles que gostam de uma alimentação saudável acabam por detestar a alimentação industrializada e vice versa.
Portanto, ao analisar os orcs e seus hábitos de vida, lembramo-nos da sentença pronunciada por Gothmog no filme O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei: “A era dos homens acabou. Agora começa a era dos orcs”. Será que estamos condenados a nos tornarmos seres desorientados e perdidos? Existe alguma chance de recuperação desta massa destruída pela lenta tortura que vem sofrendo ao longo destes anos? Cremos que sim, pois o Espírito Santo é capaz de transformar tudo e restaurar a dignidade perdida daqueles seres que, apesar de serem biologicamente humanos, não o são espiritual e psiquicamente por terem sido destruídos por diversas forças no mundo.

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