Balrogs Têm Asas? Balrogs Voam?

Escrito por Fábio Bettega

Nenhuma questão parece incitar maior medo nos fã-clubes on-line de Tolkien do que estas duas, porque o debate sobre as Grandes Asas de Balrog começou inocentemente no final de 1997 e tem se enfurecido desde então, cada vez que alguém descobre um novo grupo de discussões, ou emociona-se, toma coragem e faz a pergunta de novo e de novo. Porque tão grande medo? Porque algumas pessoas sempre cedem e mudam de idéia. E estes que mudam de idéia o fazem mais de uma vez. O debate sobre Asas de Balrogs têm levado a uma grande quantidade de xingamentos e difamações. Tudo isso torna-se muito infantil rapidamente.

E, desafortunadamente, esforços recentes de colocar o debate de uma forma “justa” e não-crítica têm tido falhas espetaculares porque as partes não apresentam todos os fatos. É difícil condensar uma discussão que ruge por duas ou três semanas antes de morrer em um sumário conciso. É difícil estar certo de quais pontos estão corretos e quais estão descartados. O debate da Grande Metáfora e Similaridades surgiu do debate das Grandes Asas de Balrog, e se nada providenciar mais evidência as pessoas não poderão concordar em nada. Muitos dos que permanecem firmemente juntos no assunto das asas caem em disputa sobre o que constitui metáfora e similaridade, e como são normalmente utilizadas, e como poderiam ser utilizadas, e como J.R.R. Tolkien as utilizou.

Esta página é relacionada apenas com as questões originais. Balrogs têm asas? balrogs voam? E as respostas são…

Sim, Balrogs têm asas… de cerca de 1940 em diante.

Sim, Barlog voam… pelo menos desde 1940 em diante, talvez 1948 em diante, ou possivelmente de 1952 ou perto disso em diante.

As Origens dos Balrogs

Tolkien usou a palavra “Balrog” para descrever um terrível tipo de guerreiro que ele inventou para o THE BOOK OF LOST TALES, a primeira história que ele inventou, em 1916/1917. Esta era a “The Fall of Gondolin”. Ali existem centanas ou mesmo milahres deles. Em algumas descrições de batalhas Tolkien descreve cerca de 1.000 balrogs cavalgando através do campo [eles eram uma força de cavalaria].

THE BOOK OF LOST TALES foi uma tentativa de Tolkien de criar uma mitologia para a Inglaterra, e ele abandonou o projeto em 1925, que foi aproximadamente a data em que ele decidiu criar uma mitologia completamente nova que reusava temas e muitos personagens de THE BOOK OF LOST TALES. Então esta mitologia, que ele chamou de “Silmarillion”, era uma versão bastante primitiva da coleção de textos que Christopher publicou como O SILMARILLION em 1977, mas não era diretamente relacionada.

A nova mitologia “Silmarillion” manteve os Balrogs, e nos anos de 1930 Tolkien a reescreveu, produzindo a única versão completa do “Quenta Silmarillion” que ele escreveu. Christopher realmente utilizou algumas porções deste texto para o livro, e isto, desafortunadamente, contribuiu para a confusão que muitos sentem sobre os Balrogs.

Um Novo Balrog Surge

Quando Tolkien começou a trabalhar em O SENHOR DOS ANÉIS, ele realmente desejava seu “Silmarillion” publicado [agora concebido como O SILMARILLION, mas permanece conceitualmente muito pouco com o livro final]. Ele não possuía uma inclinação real para escrever nenhum outro livro sobre hobbits, mas como ele estava trabalhando em uma nova história de hobbits a idéia de casar o mundo dos hobbits com o mundo do “Silmarillion” o atraiu, ele acreditava que isso eventualmente o ajudaria a publicar O SILMARILLION.

Então Tolkien começou a criar o que nós hoje conhecemos como Terra-média [que não existia antes disso, e Tolkien apenas raramente usara o nome “Terra-média” nos anos de 1930, e ele não aparece em nenhum texto publicado de antes de 1930]. Como parte daquele mundo ele precisava de uma série de pergidos que Frodo e seus companheiros poderiam encontrar, e um desses foi colocado nas antigas minas de Moria, que O HOBBIT estabeleceu como abandonada e em posse dos Orcs.

O perigo em Moria começou como alguma outra coisa e não um Balrog [Tolkien a principio não estava certo do que o perigo seria], e quando ele decidiu que DEVERIA ser um Balrog ele tornou-se insatisfeito com a forma que ele retartou Balrogs no passado. Tolkien já avia começado o processo de transformar os balrogs em Maiar corrompidos mas esta decisão não foi posta em forma escrita até 1948. Apesar de tudo, ele mudou a descrição física do Balrog de Moria e alterou suas habilidades substancialmente daquelas determinadas para os Balrogs nas histórias antigas [e abandonadas].

Este Balrog tinha asas, e era capaz de exercer grande poder, e era quase invencível. O Balrog detectou a magia de Gandalf quando ele tentou bloquear a saída da Câmara de Mazarbul, e o próprio Balrog começou um contra-feitiço, de acordo com Gandalf. Então o mago usou uma Palavra de Comando para quebrar o teto, e o resultado foi um desmoronamento parcial que soterrou a Câmara de Mazarbul e aparentemenre o Balrog nela.

O Balrog sobreviveu ao soterramento e reuniu seu exército, que encontrou a Sociedade do Anel no Segundo Salão de Khazad-dum por uma rota alternativa. Ali o Balrog se revelou completamente, e a escuridão com que disfarçava a si mesmo se expandiu. As asas eram ou protegidas pela escuridão ou formadas pelo Balrog imediatamente ou também a escuridão [ou parte da escuridão] era transformada pelo Balrog para tomar a forma de asas [e portanto TORNAVA-SE asas].

Objeções às Asas de Balrog

Aqui é onde muitas pessoas cometem seu primeiro engano. Argumentam que uma vez que Tolkien introduz as asas com um similaridas, dizendo, “a sombra ao seu redor estendeu-se COMO duas grandes asas” [“the shadow around it reached out LIKE two vast wings“], as asas não poderiam ser reais. Mas o argumento é falho, porque Tolkien sempre introduz a escuridão [a “sombra“] com uma similaridade também: “o que era não podia ser visto: era COMO uma grande sombra, no meio da qual uma forma escura, humanóide talvez ainda maior“. Se o uso de Tolkien da palavra “como” aqui significa que não existiam asas, segue-se que não existia sombra, e se não existia sombra então não seria possível que ela tenha se “estendido como duas grandes asas“.

Então, para existir uma sombra devem existir asas, porque mais tarde Tolkien escreveu “adiantou-se lentamente na ponte, e repentinamente levantou-se a grande altura, e suas asas se estenderam de parede a parede“. A Sociedade do Anel claramente viu as asas neste ponto, e o que Tolkien estava fazendo com as duas similaridades [e outras partes da passagem] era providenciar uma transição da imprecisão para a claridade. Nada mais.

Objeções aos Balrogs Voadores

As pessoas então perguntam “Porque o Balrog não voou sobre Gandalf se ele podia voar?”

A resposta é que o autor nunca deu indicação de que o Balrog desejava fazer nada mais do que atacar Gandalf. Ele nunca sequer tentou ir atrás de Frodo e do Anel. Muitas pessoas assumem que ele queria o Anel, mas não existe base para fazer tal suposição. A indicação mais próxima que nós temos de que outra coisa qualquer além de Sauron e Saruman estarem ativamente perseguindo o Anel é quando ser na Água, ante a porta de Moria, pega Frodo. Mas não existe uma conexão óbvia entre o ser e o Balrog.

E se o Balrog PUDESSE ter voado com aquelas grandes asas, como ele o faria dentro do Segundo Salão de Khazad-dum, de qualquer forma? Existiam duas colunas de GRANDES pilares esculpidos, indo do teto ao chão, circundando o centro do salão. O Balrog não poder ter voado em direção à Sociedade do Anel com as asas plenamente extendidas.

Então as pessoas perguntam “Bem, porque ele não tentou se salvar quando caiu no abismo?”

A resposta começa aqui com outra questão: “Porque devemos assumir que ele desejaria salvar a si mesmo?” O Balrog acabara de sair debaixo de toneladas de pedra, que poderiam ter matado Gandalf, Aragorn, Boromir e todo o resto da Sociedade. O que, exatamente, ele deveria temer? Porque ele deveria tentar “salvar” a si mesmo quando o autor tinha acabado de mostrar que os Balrogs não morrem tão facilmente?

Além disso, a primeira coisa que o Balrog faz e atacar Gandalf e puxá-lo pra baixo. Claramente o principal pensamento era continua a atacar Gandalf. Mesmo que existisse espaço no abismo para o Balrog voar para fora, porque ele deveria puxar Gandalf para baixo com ele se tinha a intenção de sair do abismo, de qualquer forma? Porque não apenas “salvar” a si mesmo e deixá-lo cair com a ponte? Porqie Tolkien não escreveu desta forma. Obviamente ele anteviu o Balrog como uma criatura ativa e não reativa.

A descrição de Gandalf da batalha com o Balrog deixa claro que eles lutaram durante a queda, e que eles caíram por um longo tempo. Então o balrogs estava, em última instância, enganjado com Gandalf e mais provavelmente ativamente tentando queimá-lo até a morte [Gandalf diz que ele foi queimado].

E então temos de nos virar para a questão de porque tomou tanto tempo para alcançarem a água. Algumas pessoas argumentaram que era uma LONGO caminho até embaixo. Talvez, mas se Tolkien conhecia qualquer coisas sobre a velocidade de corpos caindo [e ele provavelmente conhecia], então ele entenderia que as palavras de Gandalf não fariam sentido se o mago e o Balrog realmente caíssem à velocidade normal.

Então parece aparente que a taxa de queda foi diminuída, provavelmente pelo Balrog, mas claramente estes dois eram seres de grande poder que, se desejassem, poderiam se movem através do universo à vontade. Suas existência e habilidades de afetar o universo não dependiam de seus corpos físicos [embora deva ser notado que mais tarde Tolkien decidiu que muitos dos Maiar corrompidos tornaram-se presos a seus corpos devido à atuação em atividades biológicas].

Portanto, existe pouca razão em perguntar porque o balrog não voou para fora do abismo. Ele obviamente tinha outras coisas em mente, e a batalha que Gandalf descreve não é o tipo de batalha que qualquer criatura de carne e sangue pudesse esperar sobreviver [e ele pessoalmente não era uma criatura normal de carne e sangue]. A batalha durou 11 dias, e culminou com o chouqe de poderes no cume da montanha.

Um Balrog Voador Poderia Salvar a Si Mesmo?

Então mais uma objeção é levantada: “porque o Balrog não se salvou quando caiu da montanha?” A resposta é que Balrogs mortos ou morrendo, assim como dragões mortos ou morrendo, não voam. Quando Earendil lançou Ancalagon do céu o dragão já estava acabado e destruiu as Thangorodrim em sua ruína assim como o Balrog de Moria destruiu o lado da montanha em sua ruína. E quando a flecha de Bard atingiu o peito de Smaug, o grande dragão caiu dos céus e atingiu as ruína da Cidade do Lago.

Gandalf atirou para baixo seu inimigo. Esta expressão é um dos pseudo-arcaísmos de Tolkien, e claramente se refere à vitória de Gandalf sobre o Balrog. Ele estava tão fisicamente exausto após ter sido atingido com uma espada Élfica e Relâmpagos por 11 dias ou estava morto ou em morrendo quando ele caiu da montanha. Se o balrog poudesse ter agido de forma a salvar-se de alguma forma, ele poderia no mínimo ter levado Gandalf consigo, se não até mesmo ter virado a mesa. Quantas vezes durante os 11 dias juntos tanto Gandalf quanto o Balrog QUASE mataram seus oponentes? Tolkien não diz. E;e deixa para o leitor imaginar quão terrível a batalha deve ter sido. Mas ele deixa claro que Gandalf venceu porque o Balrog não podia mais atacá-lo.

Mas os Balrogs Podiam Realmente Voar?

Então nos voltamos para a questão de se os balrogs podiam REALMENTE voar. A resposta curta para tal seria de que eles eram Maiar e os Maiar poderiam fazer o que quisessem. A resposta mais longa é que Tolkien PROPORCIONOU um exemplo de Balrogs voadores, e foi quando eles voaram sobre Hithlum para resgatar Morgoth de Ungoliant.

Aqui muitas pessoas levantam objeções dissecando uma única sentença e tomando frases específicas fora do contexto. “velocidade alada” [“winged speed“], eles dizem, pode ser utilizada como uma metáfora. Sim, pode, mas não existe indicação no texto de que Tolkien a tenha usado assim. “Levantou” [“Arose“], eles dizem, pode se referir ao ato de voar para o céu ou simplesmente ao de escalar de uma moradia subterrânea, e os Balrogs estavam de fato no subterrâneo quando ouviram o grito de Morgoth. Sim, assim é. Mas não existe indicação no texto de que era isso que Tolkien queria dizer sem também implicar que os Balrogs voassem.

Passar sobre” [“Passed over“] não significa necessariamente voar, também, eles dizem. O cavalo de Fingolfin passou sobre [“passed over“] a planície de Aufauglith após a Dagor Bragollach, e o cavalo obviamente não estava voando. Verdade, mas “passar sobre” deve ser dado em um contexto para ter significado.

O que J.R.R. Tolkien realmente escreveu foi “rapidamente eles se levantaram, e passaram com velocidade alada sobre Hithlum, e chegaram a Lammoth como uma tempestade de fogo” [“swiftly they arose, and they passed with winged speed over Hithlum, they came to Lammoth as a tempest of fire.“]. Desafortunadamente, apenas parte deste texto foi usado por Christopher Tolkien em O SILMARILLION. O que ele escreveu foi “e então rapidamente el
es se levantaram, e passaram sobre Hithlum chegaram a Lammoth como uma tempestade de fogo.
” [“and now swiftly they arose, and passing over Hithlum they came to Lammoth as a tempest of fire.“]

Porque Christopher mudou o texto? Ele não fala. Pode ter sido apenas um erro de omissão. Mas não é simplesmente uma omissão, ele mudou a frase verbal completamente de “eles passaram com velocidade alada sobre Hithlum” para “passaram sobre Hithlum“.

A frase chave em ambas as versões da sentença, contudo, é a metáfora “tormenta de fogo“. Uma tormenta é uma tempestade. Algumas pessoas argumentaram que uma tempestade pode simplesmente se referir a um distúrbio, mas Tolkien não usa a palavra “tormenta” [“tempest“] dessa forma. Ele a usa para se referir de coisas vindas do céu. Quando Morgoth libera os dragões alados no Exército dos Valar ao final da Guerra da Fúria, eles irrompem como uma “tormenta de fogo“. Claramente os dragões alados estavam voando e expelindo chamas.

A “tormenta de fogo” de Tolkien em Lammoth data dos anos 1950, APÓS Tolkien ter chegado à conclusão de que Balrogs eram Maiar caídos alados. Além disso, funciona com “rapidamente eles se levantaram, e passaram com velocidade alada sobre Hithlum” para denotar uma passagem através do céu. Existiam Elfos em Hithlum a este tempo [Sindar] que perceberam esta passagem [essa é a forma como Tolkien justificava suas histórias – ou alguém as testemunhou ou deduziu]. Hithlum não foi queimada, nem sofreu qualquer tipo de dano pela chama ou fumaça. Tolkien não diz que os Balrogs flamejantes correram através de Hithlum, e eles em seu estado de fogo não poderiam cavalgar através dele como nas antigas histórias.

Algumas pessoas apesar de tudo argumentam que são apenas palavras, e pode-se mostrar que significam outra coisa além de voar. Contudo, quando eu pedi a pessoas em muitos fóruns para tentarem, nenhuma teve sucesso. Você deve usar todas as quatro partes da sentença. Você não pode deixar de lado nenhuma parte. Simplesmente não é possível reescrever a sentença de forma a mostrar outra coisa que não seja um vôo. Então, não existe ambiguidade na passagem relacionada ao modo de viajar dos Balrogs.

A Caravana de Balrogs de Glaurung

Uma última objeção é levantada, e situa-se na descrição da Dagor Bragollach, O SILMARILLION diz “à frente do fogo vinha Glaurung o dourado, pai dos dragões, em seu poder pleno; e atrás dele estavam os Balrogs, e atrás deles vinham os exércitos negros de Orcs em multidão como os Noldor nunca haviam visto antes ou imaginado.

Pode-se perguntar de onde essa sentença veio, e a resposta pode surpreender muitos. Ela não veio de J.R.R. Tolkien. O que JRRT realmente escreveu, no último “Quenta Silmarillion” completo da década de 1930, foi “à frente daquele fogo vinha Glaurung o dourado, pai dos dragões, e atrás dele estavam Balrogs, e atrás deles vinham os exércitos negros de Orcs em multidão como os Gnomos nunca haviam visto ou imaginado.

Estes Balrogs não eram os Balrogs flamejantes, envoltos em sombra, alados e voadores dos anos de 1940 e 1950. No mesmo texto, quando Tolkien descreveu a luta entre Morgoth e Ungoliant, tudo que ele escreveu foi “tão grande Ungoliant tornara-se que ela capturou Morgoth em suas teias sufocantes, e seu terrível grito escoou através do mundo que estremeceu. Em sua ajuda vieram os Balrogs que viviam nos mais profundos lugares de sua antiga fortaleza, Utumno no Norte. Com seus chicotes de fogo os Balrogs golperaram as teias separadamente…

Nenhuma menção de passagem sobre Hithlum, levantar-se rapidamente, ou chegando como uma tempestade de fogo. Estes não eram Balrogs de fogo e voadores. Eles continuavam sendo os Balrogs montados de algum tempo atrás. No mesmo texto do “Quenta Silmarillion”, ao descrever a Nirnaeth, Tolkien escreveu “mas enquanto a vanguarda de Maedhros vinha sobre os Orcs, Morgoth soltou suas últimas forças, e o inferno foi esvaziado. Vieram lobos e serpentes, e vieram mil Balrogs, e veio Glomund o Pai dos Dragões.” O Número de 1000 Balrogs sobreviveu até os anos de 1950, mas Tolkien sem demora fez um nota para si mesmo nos “Annals of Aman” qie não deveriam existir mais de 7 ao todo.

Ao descrever os resultados da Guerra da Ira neste “Quenta Silmarillion”, Tolkien escreveu “os Balrogs foram destruídos, exceto alguns poucos que fugiram e se esconderam em cavernas inacessíveis nas raízes da terra.” Esta foi a linguagem que Chistopher incorporou no SILMARILLION publicado, porque seu pai nunca terminou de reescrever o “Quenta Silmarillion”. Chistopher adotou tanto material quando pode do “Annals of Aman” e “Grey Annals”, mas o material mais tardio cobrindo a história dos Eldar na Terra-média após o retornos dos Noldor e este era inadequado para uso nos textos publicados.

A entrada no “Grey Annals” que descreve a Dagor Bragollach é radicalmente diferente da descrição de 1930 que Chistopher utilizou, dizendo, em parte, “rios de fogo corriam das Thangorodrim, e Glaurung, Pai dos Dragões, veio em sua força plena. As planícies verdes de Adrgalen foram queimadas e se tornaram um deserto sombrio sem nenhuma coisa que cresce; e a partir desse momento foi chamada ANFAUGLITH, a Poeira Arfante.

E lá se foram todas as menções de Balrogs atrás de dragões.

A Palavra Final Sobre Balrogs

Tolkien nunca escreveu uma história sobre Balrogs novamente. O que nós encontramos em O SILMARILLION, então, é virtualmente informação inútil, amalgamadas de fontes antigas, pré-Senhor dos Anéis [e portanto incompatíveis]. E os fãs de Tolkien frequentemente esquecem a admoestação de Chistopher no prefácio de O SILMARILLION: “Uma consistência completa [seja dentro do compasso do próprio O SILMARILLION ou entre O SILMARILLION e outros escritos publicados de meu pai] não deve ser procurada, e poderia ser apenas obetida, se puder, a um alto e inútil custo.”

Portanto, para aprender sobre a natureza e habilidades de Balrog de Moria deve-se dissecar os vários textos dos THE HISTORY OF MIDDLE-EARTH, e as histórias de THE BOOK OF LOST TALES e outros materiais pré-Senhor dos Anéis não podem ser utilizados para o Balrogs de Moria. Muitas pessoas tentaram fazê-lo, mas devido a Tolkien ter substancialmente mudado os Balrogs enquanto escrevia o “Ainulindale” e O SENHOR DOS ANÉIS, os Balrogs do THE BOOK OF LOST TALES e o “Quenta Silmarillion” inicial são criaturas completamente diferentes.

Em última análise, deve-se aceitar que o Balrog de Moria têm asas porque J.R.R.
Tolkien disse que eles tinham asas, e que os Balrogs voaram para Lammoth porque a sentença não pode significar nenhuma outra coisa. Se alguém escolhe não aceitar estes fatos, está em desacordo com J.R.R. Tolkien, e não existe nada que possa ser dito ou feito para contrapor um argumento que recusa a aceitar fatos simples e planos.

Tradução de Fábio Bettega

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2 Comentários
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Ezert

Achei o texto ótimo!
Muito bem embasado!
Muito claro, mas sem ser bobo!

Só faltou uma revisão em erros de digitação…

Alberto Roberto

olha, achei tudo isso um pouco café descafeinado

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